sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Gestão de Qualidade Vs. Segurança do Trabalho

                A Gestão da Qualidade  pode ser definida como sendo qualquer atividade coordenada para dirigir e controlar uma organização no sentido de possibilitar a melhoria de produtos/serviços com vistas a garantir a completa satisfação das necessidades dos clientes relacionadas ao que está sendo oferecido, ou ainda, a superação de suas expectativas. Portanto, gestão de qualidade refere-se à forma como as organizações podem melhorar o seu desempenho e o necessário esforço para que sejam prestados serviços tendo em vista a excelência.
                Algumas práticas que visam a excelência:

  •  Os clientes são o centro do negócio;
  •  Direção clara e postura responsável;
  •  Aprendizagem contínua e inovação;
  •  Valorizar as pessoas;
  •  Diversidade;
  •  Melhoria contínua;
  •  Participar em práticas de trabalho colaborativo;
  •  Tomada de decisões assente em evidências.  

               A Segurança do Trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador. A segurança do trabalho pode ser considerada uma das práticas que são realizadas na gestão para que as organizações melhorem seu desempenho.

A Importância da Gestão para a segurança

 
 
                A gestão de qualidade é de grande importância em qualquer organização, e principalmente na área de segurança do trabalho. Pois a mesma lida com saúde e segurança dos trabalhadores, primando assim por uma administração de qualidade, aumentando a satisfação, produtividade e otimização no ambiente de trabalho, melhorando a imagem da empresa perante o público.
                É dever de toda e qualquer organização ter um sistema de gestão de qualidade eficiente para que assegure a adequação dos recursos necessários para qualquer tipo de tarefa, incluindo equipes bem treinadas, materiais e equipamentos necessários para qualquer atividade.
                Através de um sistema sólido de gestão da qualidade, pode-se conseguir vantagem competitiva diante dos concorrentes, tendo assim a oportunidade de manter-se em um mercado cada vez mais competitivo, já que hoje em dia as preocupações com segurança da força de trabalho e com o bem estar do cliente estão crescendo cada vez mais. Através de uma certificação de qualidade a empresa consegue se adequar às necessidades dos clientes cada vez mais exigentes. 
                Além disso, como as organizações devem estar livres de riscos inaceitáveis de danos nos ambientes de trabalho, garantindo  o  bem  estar  físico,  mental,  e  social  dos  trabalhadores  e  partes  interessadas.  Para minimizar  ou  eliminar  tais  prejuízos,  muitas  organizações  desenvolvem  e  implementam sistemas de gestão voltados para a segurança e saúde ocupacional. Análises  simples  e  rápidas  podem  levar  à conclusão  de  que  a  causa  imediata  reside  nos fatores  humanos  e/ou  em  algum  tipo  de problema  técnico,  mas,  grande  parte  de  tais  eventos  é  decorrente  de  falhas  na  gestão responsável pela segurança e saúde ocupacional aplicada a estes fatores. Assim, é importante que os gestores responsáveis pelo controle dos aspectos de segurança e saúde da organização deem especial atenção ao fator humano e a tecnologia utilizada.

Um vídeo explicando, de forma didática e mais detalhada, o tema (em Português de Portugal, mas dá pra entender):



Motivação Vs. Segurança = Acidente

               
                  A segurança dos trabalhadores deve ser a preocupação principal de qualquer organização. Empregados são um bem importante da empresa e as medidas de segurança devem ser implementadas para garantir o bem estar dos mesmos e da própria companhia, pois acidentes podem afetar a motivação dos trabalhadores da empresa. Por exemplo, quando um trabalhador se machuca na empresa, pode ocorrer uma tristeza generalizada entre colegas de trabalho, supervisores e amigos próximos na empresa, além de criar medo. Dependendo das circunstâncias, alguns empregados podem se tornar apreensivos com relação aos aspectos que envolveram o acidente, como hesitar ao operar o equipamento envolvido, utilizar mais as escadas se o acidente envolveu um elevador defeituoso. Todas essas ações refletem o medo gerado como consequência a um acidente de trabalho. Medo e tristeza são duas emoções que prejudicam a motivação na empresa.
                 Se um colega de trabalho for afetado por um acidente no ambiente de trabalho, ele deve ser incentivado a conversar com seu gerente ou com o RH. A gerência de Recursos Humanos deve ter procedimentos da empresa descrevendo o que fazer no caso de um acidente. Além de assistência médica, um relatório de acidentes ao ministério do trabalho deve ser preenchido, além da documentação interna da empresa para a seguradora ou plano de saúde, caso necessário.
                Todos os empregados possuem direito à segurança em seu meio de trabalho. O órgão governamental responsável por proteger e executar esse direito é o Ministério do Trabalho, que tem como principal objetivo prevenir lesões ou mortes no ambiente corporativo, exigindo que as condições de trabalho sejam livres de riscos ao trabalhador. Seguindo as normas do Ministério do Trabalho, o empregador estará dando um grande passo para reduzir os acidentes de trabalho na empresa e seus efeitos na moral dos trabalhadores. 

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Algo Sobre CLT



A CLT surgiu pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943, sancionada pelo então presidente Getúlio Vargas, unificando toda legislação trabalhista existente no Brasil. Seu principal objetivo é a regulamentação das relações individuais e coletivas do trabalho, nela previstas. A CLT é o resultado de 13 anos de trabalho - desde o início do Estado Novo até 1943 - de destacados juristas, que se empenharam em criar uma legislação trabalhista que atendesse à necessidade de proteção do trabalhador, dentro de um contexto de "estado regulamentador".
A Consolidação das Leis do Trabalho, cuja sigla é CLT, regulamenta as relações trabalhistas, tanto do trabalho urbano quanto do rural. Desde sua publicação já sofreu várias alterações, visando adaptar o texto às nuances da modernidade. Apesar disso, ela continua sendo o principal instrumento para regulamentar as relações de trabalho e proteger os trabalhadores. Seus principais assuntos são:
  • Registro de Trabalhador/Carteira de Trabalho;

  • Jornada de Trabalho;
 
  • Período de Descanso;
 
  • Férias;

  • Medicina do Trabalho;

  • Categorias Especiais de Trabalhadores;

  • Proteção do Trabalho da Mulher;


  • Contratos Individuais de Trabalho;


  • Organização Sindical;

  • Convenções Coletivas;

  • Fiscalização;

  • Justiça do Trabalho e Processo Trabalhista.



O termo "celetista", derivado da sigla "CLT", costuma ser utilizado para denominar o indivíduo que trabalha com registro em carteira de trabalho e previdência social.
Em oposição a CLT, existem funcionários que são regidos por outras normas legislativas do trabalho, como aqueles que trabalham como pessoa jurídica (PJ), profissional autônomo, ou ainda como servidor público pelo regime jurídico estatutário federal.
           A CLT surgiu como uma necessidade constitucional após a criação da Justiça do Trabalho em 1939. O país passava por um momento de desenvolvimento, mudando a economia de agrária para industrial, as mudanças eram extremamente necessárias.
          Há constantes debates no intuito de promover uma reforma da CLT para flexibilizá-la, já que os que desejam tais reformas consideram-na a legislação trabalhista mais rígida do mundo entendendo inclusive que a mesma está relativamente antiga, necessitando de atualização à nova realidade do país. Porém, ao estudar, com desapego, o texto celetista verifica-se que há muitas modernidades ali. Bastando ao profissional utilizar de forma correta cada um dos artigos. Um exemplo interessante está na obrigação da assistência gratuita, pelo sindicatos, no momento da homologação. Ocorre que os sindicatos não cumprem esta parte, cobram pela homologação. A ideia de reforma é interessante desde que não retire direitos dos trabalhadores.O conjunto de artigos já sofreu 497 modificações desde 1943, além das 67 disposições constitucionais de 1988 que se somaram à CLT.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Primeiros Socorros



Primeiros Socorros é a assistência que é dada à vítima que sofreu acidente ou uma doença súbita, antes da chegada de um médico ou uma ambulância.
Tem como objetivo:
  • Preservar a Vida; 
  • Evitar o agravamento do estado da vítima; 
  • Promover o seu restabelecimento.
       
          Este pré-atendimento tem fundamental importância, seja em áreas de trabalho ou em casa, pois evita complicações futuras e pode até salvar vidas. Contudo, deve ser realizado por alguém tenha treinamento e realize o atendimento em condições seguras para a prestação do socorro.


Como já dito, esse procedimento deve ser realizado por profissionais, geralmente em indústrias existem funcionários que são treinados para isso e que entendam sobre as iniciais dos primeiros socorros ABC. Sendo A - verificar a passagem de ar da vitima, B - observar a respiração e C - verificar a circulação, esses seriam os procedimentos para uma reanimação cardiorrespiratória no caso de parada cardíaca.

Os socorristas devem procurar conhecer a história do acidente, pedir ou solicitar que seja pedido um resgate especializado enquanto os procedimentos básicos são realizados, sinalizar e isolar o local do acidente e utilizar durante o atendimento, de preferencialmente, luvas e calçados impermeáveis.

Existem alguns cuidados que devem ser tomados no local do acidente, como:

 - Verificar se não há riscos para o socorrista, como fios elétricos soltos, fumaças, líquidos inflamáveis e objetos cortantes que possam ferir quem vai fazer o atendimento.
 - Chamar um serviço médico de emergência (geralmente ambientes de trabalho, como indústrias, fornecem este serviço com profissionais da saúde);
 - Acalmar-se e ganhar a confiança da vitima, avaliar seu estado de consciência e suas lesões e com a ausência destas funções realizar o ABC.
     
         Os  acidentes que ocorrem com mais frequência são: ferimentos em geral, entorse, fratura,    hemorragias, choque elétrico, insolação, intoxicação, queimaduras.

       Para cada uma dessas lesões há um procedimento a ser seguido:
• Ferimentos em geral:
Deve-se lavar com água e sabão se for um ferimento pequeno. Se a extensão do ferimento for maior, deve-se estancar o sangramento e levar a vítima ao serviço de emergência.
• Entorse:
A entorse é causada por uma "virada" numa articulação (junta). Uma vitima com entorse sente dor intensa na articulação afetada e surge inchaço no local. Deve-se imobilizar a articulação e colocar compressas frias no local.
• Fratura:
A fratura é uma lesão que quebra o osso. Ela pode ser interna (não há rompimento da pele) e a fratura exposta (o osso perfura a pele e é exposto). Na fratura interna a vitima tem dor intensa, deformação do local afetado, limitação de movimentos e inchaço. Nesse caso, deve se imobilizar o local afetado com tala e acolchoá-las com pano macio, deixar na posição normal se possível (não tente colocar o osso no lugar) e não amarrá-las no local da fratura deixando os dedos de fora para observar a circulação e ver se esta muito apertada.
Na fratura exposta deve-se proteger o ferimento com gaze ou pano limpo antes de imobilizar, para não entrar poeira ou outras substancias que podem favorecer infecções e imobilizar (não tentar colocar o osso no lugar) e procurar socorro medico.
• Hemorragias:
Pode ser hemorragia externa (ferimento com saída de sangue para o exterior) ou interna (ferimento profundo nos órgãos internos), com sintomas de suor intenso, pele fria, sede, tonteira. Nas hemorragias externas em geral deve-se estancar os ferimentos com pano limpo. Com ferimentos internos deve-se encaminhar a vítima o mais rápido possível ao atendimento de emergência médica.
• Choque elétrico:
Não tocar na vitima sem antes desligar a corrente elétrica, se não for possível, garantir que os pés do socorrista não estejam molhados, para então afastar a vitima do choque elétrico. Usar um material que não conduza corrente elétrica, como borracha ou madeira seca, não aproximar enquanto a corrente elétrica do local não for desligada. Em seguida, deitar a vitima e verificar se está respirando, observando se a língua está obstruindo a passagem de ar e chamar o serviço medico.
• Insolação:
Procurar colocar a vitima à sombra, fazer compressas frias sobre a cabeça e envolver seu corpo com pano molhado para baixar a temperatura, deitar a pessoa de costas apoiando a cabeça e os ombros mais alto que o resto do corpo, após o socorro procurar serviço medico.
Intoxicação: Pode ser a intoxicação por fumaças, gases, agentes químicos e outros. Qualquer intoxicação com produtos químicos e outros devem ser encaminhados rapidamente ao serviço de emergência medica. O socorrista deve ser orientado sobre os produtos que trabalham e utilizam, pois ao retirar qualquer produto do corpo com água, algumas substancias pioram a corrosão. Para evitar prejudicar ainda mais a lesão da vitima, primeiramente retirar a vitima do local e encaminhar ao serviço medico.
• Queimadura:
Existem queimaduras de 1°, 2° e 3° grau. A de 1° grau é a mais comum, geralmente deixa a pele avermelhada e ressecada, pode se oferecer água a vitima, colocar compressas frias no local ou ficar um tempo no chuveiro frio. A de 2° grau atinge um pouco as camadas profundas da pele formando bolhas, nesses casos ofereça muito líquido a vitima, aplique compressas frias e encaminhe à emergência.
A de 3° é o caso mais grave, pois acomete todas as camadas da pele e podem alcançar os músculos e ossos. Deve-se então, manter a vitima deitada, lavar bem as mãos antes de tratar as queimaduras, em seguida cortar as roupas que estão próximas à região da queimadura, mas não retirar a roupa que está em cima da queimadura, para evitar agravamento, não fure as bolhas, não aplicar nenhuma substancia sobre a queimadura, se a vitima estiver consciente ofereça muita água para beber (pois há perda de muito liquido) e então chamar a emergência.




Para prevenir esses acidentes, principalmente no local de trabalho, deve-se fazer o uso correto dos EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva) e EPIs (Equipamento de Proteção Individual). Alguns exemplos de EPCs são o cone de sinalização, fita de sinalização e extintor de incêndio. Devem-se utilizar os EPIs necessários para cada ambiente de trabalho, evitando exposições direta com o perigo. Para os EPIs é necessário também fazer treinamento com a equipe de profissionais especialistas da empresa (como utilizar o EPI adequadamente, noções de primeiros socorros e outras palestras). Outra medida básica da prevenção é estar atento ao trabalho realizado, sem se distrair facilmente.


Por último vídeo de noções básicas em Primeiros Socorros.